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O aumento dos alugu�is fez Renita Holmes mudar de casa quatro vezes nos �ltimos tr�s anos
Com os n�veis do oceano se elevando em todo o mundo, a cidade de Miami, no Estado norte-americano da Fl�rida, enfrenta a necessidade urgente de se adaptar.
Enquanto os investidores em im�veis voltam seus olhares terra adentro, longe das exclusivas �reas baixas da praia, moradores de um bairro pobre, localizado mais acima do n�vel do mar, afirmam que o aumento dos alugu�is est� fazendo com que eles se mudem de suas resid�ncias.
"� um lugar bonito e os incorporadores est�o vendendo esse estilo de vida tropical", contra a ativista Renita Holmes, do setor de habita��o. "Por isso, eles constroem, todos se mudam para Miami e n�s temos que nos mudar."
Holmes mora em Little Haiti, um bairro situado longe do mar, a 8 km da luxuosa Miami Beach.
Andando pelas ruas coloridas da regi�o, � poss�vel ouvir pessoas falando em crioulo e sentir os ricos aromas da cozinha caribenha.
Fim do Mat�rias recomendadas
"Eu adoro Little Haiti porque ainda tem essa apar�ncia pantanosa, ainda tem �rvores e vinhas", ela conta. "A comunidade e a cultura haitiana s�o vibrantes. Vi pessoas bonitas, talentosas e de bom gosto. E, agora, tamb�m � minha casa e eu adoro."
Little Haiti � uma comunidade vibrante de Miami, conhecida pelos seus murais coloridos
A taxa de pobreza de Little Haiti � mais alta do que a m�dia da cidade de Miami e a renda familiar, de forma geral, est� bem abaixo da m�dia.
Podcast traz �udios com reportagens selecionadas.
Epis�dios
Fim do Podcast
As leis de segrega��o racial da primeira metade do s�culo 20 e o reassentamento for�ado de algumas minorias transformaram bairros como Little Haiti em ref�gios para comunidades pobres e diversas.
Mas a proximidade dos bares e restaurantes da moda do Distrito Design e do bairro de Wynwood, agora, atraem o interesse dos construtores sobre o bairro.
O empres�rio Tony Cho, que construiu partes de Wynwood, voltoubet365 copaaten��o para Little Haiti. Ele criou um projeto de arranha-c�us no valor total de US$ 1 bilh�o (cerca de R$ 4,9 bilh�es) chamado Magic City, em pouco mais de sete hectares de terreno. O empreendimento foi autorizado em 2023.
Os moradores contam que logo sentiram o efeito no bolso.
Reina Cartagena, dona do Adelita's Caf�, em uma das principais ruas de Little Haiti, afirma que seu aluguel dobrou em menos de um ano.
Ela conta que muitos dos seus clientes se mudaram para diversas partes dos Estados Unidos e ela pensa em fazer o mesmo movimento. V�rios outros neg�cios na mesma rua j� fecharam.
"Sinto que vou ser deslocada", afirma ela. "O aluguel � realmente muito alto e n�o estou conseguindo fechar as contas."
O construtor Tony Cho � respons�vel pelo empreendimento Magic City, em Little Haiti
Renita Holmes conta que seu aluguel mensal tamb�m subiu de US$ 1,2 mil para US$ 1,8 mil (cerca de R$ 5,9 mil para R$ 8,9 mil) nos �ltimos tr�s anos.
"As incorporadoras chegam, as pessoas saem", segundo ela. "O importante � sempre o dinheiro. Comprar barato para vender caro. E isso causa a nossa gentrifica��o [a substitui��o da popula��o local por moradores de renda mais alta]."
Um fundo de US$ 31 milh�es (cerca de R$ 153 milh�es) do empreendimento Magic City est� sendo destinado ao financiamento de moradias de baixo custo e outros benef�cios p�blicos em Little Haiti, mas muitos moradores ainda se op�em aos planos de constru��o de arranha-c�us em um bairro onde a maioria das constru��es tem, no m�ximo, dois andares.
Outro poss�vel fator de atra��o em Little Haiti �bet365 copalocaliza��o em uma colina de calc�rio, cerca de 5,5 m acima do n�vel do mar.
Com isso, o bairro � mais de quatro vezes mais alto que Miami Beach, que corre o risco de afundar se o n�vel do mar continuar aumentando e n�o forem tomadas medidas para impedir a invas�o da �gua.
O Centro Clim�tico da Fl�rida calcula que o n�vel do mar em Miami subiu 15 cm nos �ltimos 31 anos. Ele indica "proje��es de cen�rios de alta" que preveem aumentos similares nos pr�ximos 15 anos. Outros pesquisadores falam em um poss�vel aumento de cerca de dois metros at� 2100.
Estas previs�es geraram acusa��es de que os moradores de Little Haiti s�o v�timas de "gentrifica��o clim�tica" � um processo pelo qual pessoas ricas deslocam pessoas mais pobres de regi�es mais preparadas para suportar os impactos das mudan�as clim�ticas.
O professor William Butler, da Universidade Estadual da Fl�rida (EUA), pesquisa o deslocamento clim�tico
Para Renita Holmes, � exatamente isso que est� acontecendo.
"Eles viram como a terra por aqui � alta � e, agora, querem morar aqui para que os condom�nios n�o fiquem surfando nas ondas", explica ela.
O professor William Butler, da Universidade Estadual da Fl�rida, afirma que o terreno mais alto, antes, era mais barato porque "era o lugar menos desej�vel para se morar".
"Agora, existe uma certa ironia, pois esses lugares podem se tornar muito mais procurados", segundo ele. "Isso oferece um n�vel a mais para os promotores do deslocamento das pessoas de renda mais baixa, que j� s�o as mais atingidas no contexto das mudan�as clim�ticas."
Nabet365 copaopini�o, � muito cedo para dizer se as mudan�as clim�ticas s�o um fator importante para a gentrifica��o de Little Haiti, mas ele afirma que os moradores locais contam terem visto an�ncios de novos im�veis descritos como "mais seguros contra inunda��es, tempestades e o aumento do n�vel do mar".
O pedido de autoriza��o para o empreendimento Magic City tamb�m destacou que a altitude o protegeria contra os impactos das mudan�as clim�ticas.
Enchentes e temporais est�o ficando mais frequentes em Miami
Tony Cho n�o est� mais envolvido no empreendimento, mas ainda trabalha na regi�o. Ele conta que muito poucas pessoas o procuram dizendo que querem investir em Little Haiti, porque a regi�o fica 5,5 metros acima do n�vel do mar.
"Se voc� for um investidor,bet365 copamotiva��o � conseguir retorno para o seu investimento. Por isso, as pessoas investem onde elas acreditam que o valor ser� mais alto que o que elas investiram", explica ele.
Protestos tentaram impedir que o empreendimento Magic City seguisse adiante, at� que ele foi aprovado em 2023.
Cho tamb�m destaca outra caracter�stica da geologia de Miami. Da mesma forma que Miami Beach, Little Haiti fica sobre um leito de calc�rio poroso, de forma que a rocha ir� ficar mais �mida nos dois locais.
"Eu n�o levo em considera��o que Little Haiti esteja em uma montanha e Miami Beach no n�vel do mar", afirma ele. "O que as pessoas precisam entender � que, quando o n�vel do mar aumenta, ele vem do fundo, n�o apenas dos lados."
Cho n�o nega que Little Haiti est� sofrendo gentrifica��o e que alguns moradores est�o sendo deslocados. Mas, para ele, essa transforma��o n�o � exclusiva daquela regi�o e est� acontecendo em "todas as grandes �reas urbanas", em todo o mundo.
Renita Holmes afirma que vem observando problemas com o aumento da umidade. � por esta raz�o que ela mudou de casa quatro vezes nos �ltimos tr�s anos, procurando im�veis mais baratos e com melhor manuten��o.
"� um lugar bonito, mas algo est� diferente embaixo do solo", explica ela. "O n�vel de toxicidade, o mofo, a umidade, n�o h� drenagem. Minha sa�de mudou. Eles n�o constru�ram as coisas de forma resiliente."
Moradores e comerciantes de Little Haiti sentem a press�o da gentrifica��o
Em uma tentativa de protegerbet365 copacomunidade, Holmes se associou ao Instituto Cleo, uma ONG sediada na Fl�rida, e ao programa Empowering Women, criado pelo instituto para pessoas na linha de frente da crise clim�tica.
"Eles me deram o conhecimento, a terminologia e, ent�o, eu descobri que o aumento do n�vel do mar � problema meu", ela conta.
Renita Holmes foi inclu�da na lista das 100 mulheres inspiradoras da bet365 copa para 2023, pelo seu trabalho para promover o direito � moradia das comunidades marginalizadas. Ela se dedica a educar seus amigos e vizinhos e defender a prote��o do que ela considera a beleza e a identidade de Little Haiti.
"Se n�o contarmos nossas hist�rias, n�o as expusermos, eles ir�o simplesmente construir em cima de n�s e criar uma cidade de concreto", segundo ela.
"� traumatizante a ansiedade de n�o saber como voc� ir� viver? Como voc� ir� respirar? Voc� conseguir� pagar? Voc� conseguir� cuidar dos seus filhos?"
"Sou resiliente, sou empoderada e, enquanto eu tiver empoderamento, resili�ncia e minha voz, irei morar aqui", conclui Renita Holmes.
* Com colabora��o de Cecilia Barr�a.
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O jogo de bola mesoamericano era um desporto com associa��es rituais jogado ao longo de mais de 3000 anos pelos povos da Mesoam�rica em tempos pr�-colombianos.
Uma vers�o moderna do jogo chamada ulama continua a ser jogada em alguns locais pelos habitantes amer�ndios.
Os campos de jogo de bola pr�-colombianos t�m sido encontrados desde o Arizona at� � Nicar�gua e tamb�m em v�rias ilhas do Caribe como Cuba e Porto Rico, o que denota bem a popularidade deste desporto americano.
Apesar de poder ser jogado casualmente como simples recrea��o, inclusivamente por mulheres e crian�as, o jogo tinha tamb�m importantes aspectos rituais, e grandes jogos formais eram acontecimentos rituais..
Campo de jogo de bola de Monte Alban.
Mapa mostrando os locais onde foram encontrados os mais antigos campos de jogo, bolas e figuras.
O jogo de bola mesoamericano � pelo menos t�o antigo como a civiliza��o olmeca.
De fato, o nome que os astecas davam aos olmecas, olmeca, significa povo borracha (do nauatle ulli, "borracha"), pois atribu�am a origem do jogo de bola a este povo antigo.
Uma d�zia de bolas de borracha, com di�metros entre 10 e 20 cm, foram encontradas em El Manat�, um local sacrificial olmeca.
As bolas mais antigas, que s�o tamb�m as menores, datam de 1600 a.C..
[1] Estas bolas de borracha foram encontradas juntamente com outras oferendas rituais, indicando que mesmo em tempos t�o remotos, o jogo j� tinha conota��es religiosas e rituais.
O campo de jogo de bola mais antigo que se conhece, em Paso de la Amada, data de aproximadamente 1400 a.C..
Com aproximadamente 80 m de comprimento e 8 metros de largura, est� situado entre dois mont�culos paralelos com bancadas de 2,50 m de profundidade e 30 cm de altura, dispostas segundo o comprimento dos mont�culos.[2]
Um campo de jogo de bola rudimentar foi tamb�m descoberto no s�tio olmeca de San Lorenzo Tenochtitl�n e existem provas significativas na forma de trabalhos art�sticos olmecas.
Durante escava��es efectuadas em San Lorenzo foram ainda encontradas figuras de jogadores de bola, datadas por carbono 14 como sendo de 1250 a.C.a 1150 a.C..
Estas figuras encontram-se "vestidas" com cintos acolchoados e com faixas acolchoadas nos bra�os e pernas.
Foram tamb�m encontradas figuras de jogadores femininos usando protec��es almofadadas no abidomen e pernas.
Juntamente com estas figuras, foram encontradas pe�as relacionadas com a iconografia do milho, sugerindo uma associa��o entre o jogo de bola e rituais de fertilidadasde
Pouco tempo depois da conquista dos astecas pelos espanh�is em 1521, o pr�prio Hern�n Cort�s levou para a Espanha uma equipa de jogadores de bola mexicas com o seu equipamento.
Ali levaram a cabo jogos de exibi��o para a corte espanhola.
Al�m de fascinados com os vistantes ex�ticos, os europeus ficaram maravilhados com as bolas de borracha saltitantes.[1]
Neste detalhe do C�dice B�rgia, o deus asteca Xiuhtecuhtli leva ao templo como oferenda uma bola de borracha.
Cada uma das bolas de borracha est� decorada com uma pena de quetzal, parte da oferenda.
Como seria de esperar de um jogo praticado por tanto tempo por v�rias na��es diferentes, os detalhes do jogo variaram com o tempo e local, e desta forma o jogo de bola mesoamericano pode ser melhor entendido como uma fam�lia de jogos semelhantes entre si.
Algumas vers�es do jogo eram disputadas entre dois indiv�duos, outras entre duas equipas.
As provas arqueol�gicas sugerem que a borracha j� era utilizada na Mesoam�rica durante o per�odo pr�-cl�ssico inicial (1600 a.C.).
� �poca da conquista espanhola era exportada borracha das zonas tropicais para toda Mesoam�rica.
A iconografia sugere que apesar de existirem variados usos para a borracha, as bolas de borracha tanto para oferendas como para serem utilizadas em jogos de bola rituais, eram os principais produtos fabricados com aquele material.
Bolas de borracha solidificada eram queimadas frente a imagens de divindades e no interior de pir�mides e santu�rios.
Para al�m do simbolismo antes referido, as bolas de borracha eram s�mbolos de fertilidade, pois tanto os astecas como os maias comparavam o l�tex que flu�a do interior da �rvore ao sangue e ao s�men.
O jogo de bola disputava-se utilizando uma bola de borracha endurecida feita a partir de l�tex obtido da �rvore da borracha (Castilla elastica) nativa das �reas tropicais do sul do M�xico e da Am�rica Central.
O l�tex era transformado em borracha ap�s ser misturado com seiva de Ipomoea alba.
A mais antiga bola de borracha que se conhece foi descoberta no s�tio olmeca de El Manat�, Veracruz, M�xico.
O campo de jogo [ editar | editar c�digo-fonte ]
Campo de jogo de bola de Yagul, considerado o segundo maior da Mesoam�rica
Os campos de jogo, em especial aqueles situados nas principais cidades maias do cl�ssico tardio, eram espa�os p�blicos utilizados para diversos acontecimentos culturais da �lite e para actividades rituais como actua��es musicais e festivais, e claro, o jogo de bola.
Muitas vezes as representa��es pict�ricas mostram m�sicos actuando nas partidas de jogo de bola.
As representa��es de jogadores mascarados sublinha os aspectos dram�tico e ritual do jogo de bola e a bet365 copa liga��o com outras formas de drama que poderiam ter lugar no campo de jogo, conforme o sugerido pelos murais pintados de Bonampak, por exemplo.
A maioria dos campos de jogo de bola tinham forma de I, com uma zona central comprida e estreita, flanqueada por paredes inclinadas (no per�odo cl�ssico) ou com degraus (no p�s-cl�ssico), estucadas e pintadas com cores fortes.
As extremidades do campo de jogo aparentemente suportavam estruturas tempor�rias onde os espectadores se sentavam.
Estima-se que o tamanho m�dio dos campos de jogo fosse 36.
5 por 9 metros, apesar de existir uma grande variabilidade.
O maior de todos os campos de jogo conhecidos � o campo principal de Chich�n Itz�, com 168 metros de comprimento e 70 de largura, maior que um campo de futebol.
O campo ou quadra de jogo onde se disputavam as partidas, eram designados das seguintes formas em diferentes regi�es da Mesoam�rica:
L�ngua maia cl�ssica: pitz
L�ngua maia k'iche': chaajN�uatle - tlachtli
Povos do M�xico Central: tlaxtliSinaloa - ollama
O jogo propriamente dito era designado poc-ta-tok na l�ngua iucateque e a ac��o do jogo Ti Pitziil em maia cl�ssico.
Por toda a Mesoam�rica foram constru�dos campos de jogo utilizados ao longo de muitas gera��es, com formas e tamanhos vari�veis.
Alguns locais tinham m�ltiplos campos de jogo, outros apenas um.
Podem ser encontrados na grande maioria dos principais s�tios arqueol�gicos mesoamericanos, apesar de notavelmente se encontrarem ausentes de outros, como Teotihuacan.
Entre os locais com campos de jogo bem preservados incluem-se: Tikal, Yaxha, Cop�n, Iximche, Monte Alb�n, Yagul, Uxmal, Mixco Viejo, Zaculeu e Chich�n Itz�.
Objetivos do jogo [ editar | editar c�digo-fonte ]
O objectivo do jogo era enviar a bola para o lado do campo defendido pelo advers�rio; na �poca p�s-cl�ssica, o objectivo principal era enviar a bola atrav�s de um de dois aros verticais colocados um de cada lado do campo de jogo, na linha m�dia do mesmo.
O aro surgiu inicialmente nas terras baixas do norte da �rea Maia durante o p�s-cl�ssico.
Cada jogador tinha muitas vezes um colega de equipa directamente atr�s dele (ou dela), em apoio.
Na vers�o mais comum do jogo, a bola era atirada � m�o para o campo, e a partir desse momento os jogadores apenas podiam bater a bola de um lado para o outro do campo com as coxas, ancas e bra�os (sem chutar ou agarrar com as m�os) e atrav�s dos aros colocados nas paredes laterais do campo.
Em algumas vers�es do jogo, os p�s eram usados como no futebol actual.
Noutras eram usados bast�es, p�s ou raquetes.
N�o existem testemunhas do jogo de bola praticado pelos maias do per�odo cl�ssico, mas talvez o jogo praticado pelos astecas e testemunhado pelos espanhois no s�culo XVI possa ser compar�vel.
No jogo de bola asteca perdia pontos o jogador ou equipa que deixasse a bola tocar no solo mais que uma vez antes de a enviar de volta ao meio-campo advers�rio, que deixasse a bola sair do campo, ou que falhasse na tentativa de fazer a bola (com 3 a 4 kg de peso) atravessar os aros colocados em cada parede lateral.
Na �rea Maia existem aros semelhantes, alguns dos quais bastante altos, como em Chich�n Itz�, onde se encontram a 6 metros do solo.
Os jogadores utilizavam protec��es acolchoadas feitas de algod�o, provavelmente recheadas com algod�o por fiar, enroladas � volta de placas provavelmente feitas de madeira colocadas � cintura, mas certamente n�o feitas de pedra como as encontradas em alguns locais.
Cabe�as esculpidas, e muitas vezes cabe�as trof�u, eram cravadas nas placas de madeira, como mostra uma figura de cer�mica de um jogador do cl�ssico tardio usando uma placa com uma cabe�a de p�ssaro esculpida.
Peles de veado pintadas com cores garridas eram usadas � volta das ancas proporcionando protec��o adicional.
Al�m destas protec��es, os jogadores utilizavam tamb�m almofadas nos joelhos e protec��es nas pernas e antebra�os.
Em certas ocasi�es, os jogadores usavam elaborados ornamentos de cabe�a, muitas vezes retratados em vasos de cer�mica pintada.
Alguns dos jogadores mascaravam-se, como Yax Pac de Cop�n, sublinhando a import�ncia ritual do jogo de bola.
Tratava-se de um jogo extremamente violento.
Ocorriam frequentemente ferimentos graves infligidos quer pela bola densa e pesada quer por outros jogadores e as mortes eram relativamente comuns.
Algumas contus�es sofridas durante o jogo eram t�o severas que tinham que ser lancetadas de forma a extrair o sangue acumulado.
Isto seria certamente significativo nos rituais de sacrif�cio e sangria que acompanhavam o jogo de bola asteca.
N�o se sabe se era permitido o contacto f�sico entre os jogadores.
Rituais de sangue [ editar | editar c�digo-fonte ]
Em algumas ocasi�es as cerim�nias p�s-partida inclu�am o sacrif�cio do capit�o e de outros jogadores da equipa derrotada.
A associa��o do jogo com o sacrif�cio e a morte era particularmente vincada na costa do golfo.
O cr�nio de um perdedor podia ser utilizado como o n�cleo � volta do qual se fazia uma nova bola.
Os sacrif�cios humanos tornaram-se um desfecho comum para as partidas de jogo de bola, particularmente nos campos de jogo reais de cidades poderosas.
Os nobre maias do cl�ssico tardio eram ao mesmo tempo guerreiros e jogadores de bola.
Um degrau duma escadaria hierogl�fica em Yaxchilan, por exemplo, mostra o rei P�ssaro Jaguar derrotando um prisioneiro de guerra no jogo de bola, e existe uma refer�ncia escrita a um prisioneiro de guerra num altar de Tikal.
Os prisioneiros de guerra jogavam � bola com os vitoriosos, com um desfecho pr�-determinado.
Ap�s o jogo, que constitu�a uma reconstitui��o ritual da derrota de uma cidade-estado, os cativos eram muitas vezes decapitados ou os seus cora��es eram arrancados num sacrif�cio de sangue.
As paredes do principal campo de jogo de bola de Chich�n Itz�, retrata equipes advers�rias, com o l�der da equipe vencedora segurando a cabe�a decapitada do l�der advers�rio, que se encontra de joelhos com sangue em forma de serpentes jorrando do seu pesco�o.
O jogo de bola maia [ editar | editar c�digo-fonte ]
Um aro de campo de jogo de bola, Chich�n Itz�
Os maias chamavam ao jogo de bola pitz, e a a��o de jogar Ti Pitziil em Maia Cl�ssico.
A bet365 copa associa��o � mitologia era central para a cren�a religiosa maia.
O mais antigo campo de jogo datado com precis�o foi encontrado em Nakb�, Pet�n, na Guatemala, remontando a 500 a.C.[carece de fontes].
O n�mero de jogadores ou pitziil variava de 2 a 5 por equipe, e aqueles utilizavam protec��es na cabe�a (pix'om), ancas (tz'um), joelhos e cotovelos (kipachq'ab'), feitas de pele de jaguar ou veado.
As partes corporais referidas eram as �nicas a poder entrar em contacto com a bola (kid), feita de uma mistura de l�tex e de seiva de uma dama-da-noite (Ipomoea alba), cujo di�metro variava entre 25 a 30 cm e o peso entre 1.
5 a 3 kg no per�odo cl�ssico.
Jogar o jogo de bola era participar na manuten��o da ordem c�smica do universo e regenera��o ritual da vida.
Era um jogo de sorte, per�cia e batota reflectindo a vida.
O esfor�o de equipa levava � partilha de comportamento e cultura, apresentando, refor�ando e reinventando o jogo da vida e o lugar de cada um na ordem c�smica.
Nos tempos do cl�ssico tardio, o jogo de bola estava ritualmente associado �s guerras end�micas entre as v�rias cidades-estado da �poca.
O sucesso da conquista militar era recriado num jogo de bola p�blico e ritual, em que prisioneiros de guerra de alta patente eram derrotados e sacrificados.
Por vezes eram mantidos presos, torturados e em exibi��o p�blica durante anos antes de serem sacrificados.
Rela��o com a mitologia e religi�o maias [ editar | editar c�digo-fonte ]
O Popol Vuh define a import�ncia do jogo de bola maia muito para al�m de um mero desporto.
Fornece ainda importantes analogias para a interpreta��o do jogo de bola desde uma perspectiva mitol�gica.
As primeiras aventuras relacionadas com o jogo de bola estabelecem a rela��o entre as pessoas e os deuses.
A hist�ria come�a com o pai e tio dos G�meos Her�is, Hun Hunahpu e Vucub Hunahpu, filhos dos velhos deuses Ixpiacoc e Ixmucan�.
Os senhores de Xibalba, o inframundo, aborreceram-se com o ru�do produzido por Hun Hunahpu e Vucub Hunahpu enquanto jogavam.
O campo de jogo situa-se na orla oriental da Terra pr�ximo do grande abismo.
Os senhores principais de Xibalba, Um Morte e Sete Morte, enviam corujas para atrair os dois irm�os a jogarem no campo de Xibalba, situado na orla ocidental do inframundo.
Os irm�os adormecem durante a viagem e acabam por ser sacrificados pelos senhores de Xibalba, sendo sepultados no solo do campo de jogo de bola.
Esta hist�ria relaciona a pr�tica do jogo de bola com os sacrif�cios.
Hun Hanahpu � decapitado e a bet365 copa cabe�a colocada numa planta de fruto, que d� caba�as pela primeira vez.
Isto est� tamb�m relacionado com a proemin�ncia de cabe�as decorativas de animais e aves usadas como enfeites da cabe�a.
A hist�ria continua ap�s o nascimento dos G�meos Her�is, Hunahpu e Ixbalanqu�.
Encontram o equipamento de jogo de bola na casa de seu pai e come�am a jogar, aborrecendo novamente os deuses de Xibalba.
Ao contr�rio de seu pai e tio, os g�meos sobrevivem a v�rias provas dif�ceis, com a ajuda de um mosquito (que morde as m�os dos deuses de Xibalba, obrigando-os a revelarem-se aos rapazes).
Eventualmente, os g�meos acabam por defrontar os deuses de Xibalba numa partida de jogo de bola.
Mais tarde, enganam os senhores de Xibalba, levando-os a pensar que est�o mortos, ap�s saltarem para um caldeir�o de sopa.
Milagrosamente, os g�meos renascem como peixes-gato, regressam � bet365 copa forma humana e efectuam falsos sacrif�cios em que a v�tima supostamente ressuscita.
Quando dois dos deuses de Xibalba, Um Morte e Sete Morte, se oferecem para um destes falsos sacrif�cios, os g�meos enganam-nos e levam a cabo um sacrif�cio verdadeiro.
Os g�meos poupam as vidas dos restantes deuses de Xibalba, mas dizem-lhes que a partir desse momento apenas lhes poder�o ser oferecidos sacrif�cios de sangue de animais e seiva de cascarilha e que apenas podem incomodar as pessoas da Terra que sejam fracas ou que tenham alguma culpa.
Os g�meos n�o conseguem fazer reviver o seu pai e deixam-no enterrado no campo de jogo de Xibalba.
Por esse motivo, as palavras para campo de jogo e cemit�rio s�o sin�nimos.
Os campos de jogo tornaram-se para sempre ritualmente ligados com a morte.
O campo de jogo tornou-se um local de transi��o, um est�dio entre a vida e a morte.
Ao longo da linha central do campo, eram colocadas gravuras de cenas m�ticas do jogo de bola, usualmente limitadas por um quadrif�lio, que marcava uma entrada de um portal de acesso a outro mundo.
Uma li��o que se pode obter do Popol Vuh � a de que jogar o jogo de bola pode ser mortal e que a batota pode ser a �nica forma de superar os advers�rios.
O grande campo de jogo de bola de Chich�n Itz� [ editar | editar c�digo-fonte ]
O grande campo de jogo de bola de Chich�n Itz�
O jogo aparece em v�rios mitos, �s vezes como a luta entre os deuses do dia e da noite, ou as batalhas entre deuses do c�u e senhores do inframundo.
A bola simbolizava o sol, lua ou estrelas, e os aros significavam nascer do sol e p�r-do-sol ou equin�cios.
Com o aparecimento da cultura maia, o significado do jogo de bola ritual torna-se mais evidente.
Foram dedicados muito tempo e energia � constru��o de campos de jogo de bola.
Estes campos eram considerados portais para o inframundo maia, e eram constru�dos em zonas baixas ou aos p�s de grandes constru��es verticais.
O Grande Campo de Jogo de Bola de Chich�n Itz� � o maior da Mesoam�rica.
Uma gravura em seis paineis de Chich�n Itz�, mostra uma cena do Popol Vuh, indicando o significado cosmol�gico do jogo de bola na ideologia maia.
Outros vest�gios maias [ editar | editar c�digo-fonte ]
Evid�ncias adicionais sobre o jogo de bola maia aparecem em pinturas de vasos maias.
Muitas vezes estes vasos s�o pintados com cenas do jogo de bola ritual.
Os jogadores s�o mostrados usando protec��es nos bra�os e joelhos e muitas vezes tamb�m s�o mostrados usando decora��es elaboradas na cabe�a, indicando a bet365 copa elevada posi��o e explicando o lugar dos homens no mundo.
O jogo de bola asteca [ editar | editar c�digo-fonte ]
A vers�o asteca do jogo de bola � chamada ullamaliztli.
As cidades astecas, como outras cidades mesoamericanas, tinham normalmente v�rios campos de jogo de bola chamados tlachtli.
[3] Na capital asteca, Tenochtitlan, o principal campo de jogo de bola era chamado teotlachco ("no campo de jogo de bola sagrado") - aqui eram efectuados importantes rituais nos festivais do m�s Panquetzaliztli, incluindo sacrif�cios humanos de quatro cativos em honra de Huitzilopochtli e do seu arauto Paynal.
Para os astecas o jogo de bola tinha tamb�m um significado religioso, mas onde os maias viam uma batalha entre os senhores do inframundo e os seus advers�rios terrenos, os astecas viam uma batalha entre as for�as da noite lideradas pela lua e estrelas representadas pela deusa Coyolxauhqui e os seus filhos Centzonuitznaua, e o sol personificado por Huitzilopochtli.
[4] Mas para al�m de ter um importante significado religioso e ritual, para os astecas o jogo de bola era tamb�m um passatempo, jogado como forma de recreio e por todas as classes da sociedade asteca.
Os jovens astecas aprendiam a jogar na escola calmecac, e os melhores podiam tornar-se famosos ao ponto de poderem jogar profissionalmente.
As partidas eram disputadas em diferentes bairros e mercados da cidade, muitas vezes acompanhadas de jogos de apostas em grande escala.
Diego Dur�n mencionou que "sempre que os nobres astecas jogavam, apostavam j�ias, escravos, pedras preciosas, mantos e trajes de guerra e mesmo roupas e adere�os para senhoras".
Tamb�m os espectadores faziam apostas, e mesmo esposos ou filhos podiam ser apostados.
Tamb�m os senhores astecas jogavam � bola.
Numa famosa partida descrita por Ixtlilxochitl, o governante asteca Axayacatl defrontou o governante de Xochimilco, de seu nome Xihuiltemoc.
Apostando a posse de um lago e de um mercado em Tenochtitlan contra um jardim de flores em Xochimilco Axayacatl foi derrotado.
No entanto, quando enviou os seus emiss�rios para pagarem a d�vida, eles assassinaram o senhor de Xochimilco, pois apenas desse modo poderia o senhor asteca salvar a bet365 copa honra.
A palavra nauatle para o jogo era ollamaliztli (frequentemente ullamaliztl), derivada da palavra olli (borracha) e do verbo ollama (jogar � bola) e a bola propriamente dita era chamada ollamaloni.
Uma vez que a �rvore da borracha n�o existia nas terras altas do imp�rio asteca, os astecas obtinham bolas e borracha como parte dos tributos das regi�es das terras baixas onde era cultivada - por exemplo em Veracruz.
O c�dice Mendocino refere 16 000 como sendo o n�mero de peda�os de borracha virgem importados a cada seis meses para Tenochtitlan desde as prov�ncias do sul, mas nem toda a borracha era consumida no fabrico de bolas.
Em 1528 Hern�n Cort�s enviou um grupo de ollamanime (jogadores de bola), para a Espanha, para se apresentarem perante Carlos V, onde foram desenhados por Christophe Weiditz.[5]
O jogo de bola e a arte [ editar | editar c�digo-fonte ]
Escultura em cer�mica encontrada num t�mulo do M�xico ocidental mostrando os jogadores numa partida e jogo de bola mesoamericano.
O jogo de bola e os seus praticantes s�o um tema recorrente na arte mesoamericana.
Vasilhas usadas no consumo ritual de cacau est�o muitas vezes decoradas com cenas detalhadas de campos de jogo de bola e jogadores vestidos com o equipamento completo.
A noz de cacau simboliza um cora��o humano pois encontram-se igualmente divididos em v�rios c�maras.
A bebida preparada a partir da noz de cacau � escura e espessa como o sangue, sendo consumida em cerim�nias rituais.
Por outro lado, as nozes de cacau eram usadas como moeda.
Pensa-se que os sacrif�cios efectuados ap�s um jogo de bola ritual eram tentativas de apaziguar os deuses e assegurar a fertilidade e abund�ncia econ�mica.
As bolas de borracha utilizadas no jogo de bola t�m tamb�m um simbolismo econ�mico, pois a borracha utilizada na bet365 copa produ��o era tamb�m fulcral na bet365 copa economia comercial.
Estas vasilhas est�o muitas vezes decoradas com glifos ao longo dos bordos.
Algumas das mais famosas figuras de cer�mica representando jogadores de bola, s�o os chamados "figurinos emparelhados" encontrados em Jaina, M�xico datados de 600 a 900 a.C.
Foram encontrados juntos durante escava��es na ilha de Jaina no in�cio da d�cada de 1960.
Estes figurinos de jogadores de bola funcionavam juntos como um par.
Cada um deles pode baixar-se sobre o joelho esquerdo e puxar o bra�o atr�s, podendo ser facilmente colocados de forma a ficarem em jogo perp�tuo, com a bola na cabe�a do observador.
O produtor destes figurinos dedicou grande aten��o aos detalhes das vestes dos jogadores.
Tecidos de protec��o cobrem apenas um bra�o, do pulso ao cotovelo, em conjunto com uma �nica joelheira.
Provavelmente deste modo pretendia-se mostrar a complementaridade dos dois jogadores, por forma a que pudeseem existir como par.
Mantos grosseiros de algod�o, eram mantidos nas suas posi��es com cordas ou faixas.
A cobertura simples actualmente sobre as cabe�as sugere que estes figurinos podem ter exibido chap�us (ou capacetes) muito elaborados, entretanto desaparecidos.
Outros figurinos, encontrados sobretudo em Jalisco, M�xico, mostram jogadores de bola sentados, ao estilo Etzatl�n de Jalisco, segurando uma grande bola.
A cer�mica escult�rica de Jalisco era usada em oferendas funer�rias nos t�mulos de membros de fam�lias importantes.
Conjectura-se que as representa��es de jogadores de bola destinavam-se a acompanhar o enterro de um homem que havia sido um jogador ex�mio.
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