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Por Fernando Evans, melhor jogo aposta Campinas e regi�o
10/12/2023 04h01 Atualizado 10/ dezembro/ 2023
Diane e Miguel, venezuelanos que migraram para o Brasil h� dois anos e hoje trabalham na Azul, em Campinas (SP), e sonham em conquistar uma casa pr�pria � 
: Fernando
A crise que assola a Venezuela h� anos, exposta emmelhor jogo apostaface mais cruel pela fome, provoca o ex�do da
passados dois anos da travessia, uma fam�lia estabelecida em Campinas (SP) comemora o fato de poder voltar a sonhar e planejar um futuro para os filhos. Uma meta: conquistar a casa pr�pria.
"Vamos correr atr�s do nosso sonho, seguir para frente com a nossa fam�lia. Vamos dar o melhor da gente", afirma Miguel Garcia, de 44 anos. Mas ao olhar para tr�s, em meio a planos que fazem os olhos brilharem, Miguel e a esposa Diane,
Miguel
ajuda quando decidem seguir o mesmo caminho que eles.
ajuda ajuda quando os mesmos caminhos n�o s�o mais suficientes para eles, mas sim para todos os que decidem.�
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Por isso, criaram uma rede de ajuda, que al�m de teto e alimenta��o, inclui at� passagem a�rea, sem qualquer custo,
Os dois trabalham na Azul, companhia a�rea com base de suas opera��es o Aeroporto Internacional de Viracopos. Um
sa�rem de Boa Vista (RR) com destino a Campinas (SP), onde mora.
A ajuda, que pode durar meses at� a obten��o de documentos e de um emprego, � volunt�ria, o �nico pagamento exigido pelo soldador � que o bem seja multiplicado. Miguel conta que j� abrigou tr�s conhecidos vindos da Venezuela.�
sasa�ram de Roraima (R) e destino ao Campinas, onde moram.A Ajuda, para que os conhecidos possam receber a ajuda.
quem ficou para tr�s, o casal conta das dificuldades financeiras que parentes e amigos passam � eles conseguem mandar um pouco de recursos para os pais.
Miguel conta que, com a aposentadoria que recebe depois de ter trabalhado por 50 anos na �rea sider�rgica, Miguel conta. O pagamento seria equivalente a 3 d�lares, a R$ 14,70. "Como se vive assim? Aqui eu pego meu sal�rio e falo: 'obrigado, Senhor, obrigado'. Eu vou ao mercado, levo comida
casa, meus filhos est�o comendo, coisas que l� n�o faz�amos. Gra�as a Deus", enfatiza Diane.
casa e meus filho est�o comer, minhas crian�as est�o fazendo coisas, que aqui n�o fazia�amos, mas que no dia a dia, eles est�o sendo corro�dos pela infla��o.A jornada
Miguel � de Ciudad Bol�var, capital do estado de Bol�avar. que fica a 600 km da capital Caracas. O serralheiro lembra que a regi�o concentra um parque industrial
instalou, e por muitas vezes deixaram de comer para alimentar os filhos, um adolescente atualmente com 17 anos, dois adolescentes atualmente atualmente em 17, atualmente, com 13.
Miguel Garcia com a esposa Diane e os Filhos em Campinas (SP): migrantes venezuelanos voltam a sorrir e planejam futuro no Brasil � 
: Arquivo pessoal
Com o dinheiro valendo cada vez menos, Miguel tentou uma primeira mudan�a, buscando ocupa��o nas minas de ouro, mas o ambiente cercado de viol�ncia
s� que n�o havia oportunidade para meus filhos. Aquelas pessoas com fuzil, pistolas, eles olhavam. Qual era o futuro que eu ia deixar para eles?", indaga.
Nesse momento, deixar a Venezuela n�o era uma simples op��o. Era a escolha necess�ria para voltar a viver, e n�o apenas sobreviver, mas buscar um futuro para os filhos,
"� uma decis�o complicada. Pensamos: 'qual o pa�s mais pr�ximo? � o Brasil. Bora'", conta Miguel,
escolha se deu por proximidade, essa � uma realidade distante da grande maioria das pessoas. � dif�cil imaginar fazer uma travessia com filhos, uma irm� e neta por meio de uma �rea ind�gena, no mato, ou uma filha e neto por uma vez que a fronteira estava fechada.
O destino foi Pacaraima, na estado de Roraima, onde foram necess�rios tr�s dias para regularizar a documenta��o, e por onde viveram os primeiros meses no Brasil at� seguirem para Campinas (SP), distante 4,
ocasi�o, chegaram a morar em um abrigo para refugiados at� conseguirem trabalho e, depois, um lugar para morar no Jardim Fernanda, onde est�o at� hoje.
Trabalho
Os primeiros trabalhos no Brasil foram na varri��o de ruas, mas Diane garante que a Azul, companhia em que hoje atuam, surgiu no horizonte logo que chegaram na cidade. "Quando eu pisei aqui, que cheguei pelo �nibus, eu vi isso [hangar], eu disse para meu marido: tenho a esperan�a
Diane.
E o destino logo a tratou de colocar l� dentro da companhia. Primeiro, como funcion�ria de limpeza de uma empresa terceirizada. Foi dessa forma, inclusive, que ela soube da oportunidades e conseguiu o emprego de soldador para Miguel. Sua contrata��o como "tripulante" da Azul veio depois. (DD)
Miguel e Diane, migrantes venezuelanos que trabalham no hangar da azul, em Campinas (SP) � 
: Fernando Evans/
casal ainda n�o usou o benef�cio para a fam�lia, apenas para ajudar outras pessoas. Eles trabalham para juntar dinheiro e, al�m do sonho da casa, quem sabe conhecer, enfim, uma praia brasileira.
"O banho de praia falta. Para uma viagem voc� tem que ter pelo menos algum dinheiro, n�?", conta Miguel, sorrindo.Mas nada que n�o possa ser resolvido at� mesmo sem precisar sair de terra firme. O soldador que j� viajou para alguns destinos da Azul a trabalho,
aqui na terra (risos). Mas eu sei que � algo seguro, a manuten��o que se d�, s�o todos muito profissionais. Eu confio no trabalho", avisa.
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